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quarta-feira, 29 de junho de 2016

PEARL JAM - DO THE EVOLUTION - (FAÇA A REVOLUÇÃO)

Faça a Evolução

Eu estou a frente, eu sou o homem
Eu sou o primeiro mamífero a usar calças, yeah
Eu estou em paz com minha luxúria
Eu posso matar, pois em Deus eu confio, yeah
É a evolução, querida

Eu estou em paz, eu sou o homem
Comprando ações no dia da quebra
À solta, eu sou um trator
Todas as colinas, eu irei aplanar todas elas, yeah
É comportamento-padrão, uh huh
É a evolução, querida

Me admire, admire meu lar
Admire meu filho, ele é meu clone
Yeah, yeah, yeah, yeah
Esta terra é minha, esta terra é livre
Eu faço o que eu quiser, mas irresponsavelmente
É a evolução, querida
Eu sou um ladrão, eu sou um mentiroso
Esta é minha igreja, eu canto no coro
(Aleluia, Aleluia)

Me admire, admire meu lar
Admire meu filho, admire minhas roupas
Porque nós sabemos, tenho um apetite por banquete noturno
Esses índios ignorantes não conseguem nada de mim
Nada, por que?
Porque... É a evolução, querida!

Eu estou a frente, eu sou avançado
Eu sou o primeiro mamífero a fazer planos, yeah
Eu rastejei pela terra, mas agora eu estou alto
2010, assista isso ir para o fogo
É a evolução, querida!
É a evolução, querida!
Faça a evolução
Venha, venha, venha



terça-feira, 28 de junho de 2016

ESSE É BOM CICLO DA LEITURA


SEMPRE...


CHICO BUARQUE - CONSTRUÇÃO


Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague




Construção é uma canção do cantor e compositor brasileiro Chico Buarque, lançada em 1971 para seu álbum homônimo.
Uma narrativa do cotidiano de todo brasileiro, trabalhador, que mesmo com seus problemas,que tem de enfrentar e encarar o seu dia dia, sempre com uma esperança no olhar.

Teco Garces