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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

TODOS ESTÃO SURDOS - PATO FU


"Todos estão Surdos"

Desde o começo do mundo
Que o homem sonha com a paz
Ela está dentro dele mesmo
Ele tem a paz e não sabe
É só fechar os olhos 
E olhar pra dentro de si mesmo
Tanta gente se esqueceu
Que a verdade não mudou
Quando a paz foi ensinada
Pouca gente escutou
Meu Amigo, volte logo
Venha ensinar meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo

Outro dia, um cabeludo falou:
"Não importam os motivos da guerra
A paz ainda é mais importante que eles."
Esta frase vive nos cabelos encaracolados
Das cucas maravilhosas
Mas se perdeu no labirinto
Dos pensamentos poluídos pela falta de amor.
Muita gente não ouviu porque não quis ouvir
Eles estão surdos!

Tanta gente se esqueceu
Que o amor só traz o bem
Que a covardia é surda
E só ouve o que convém
Mas meu Amigo volte logo
Vem olhar pelo meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo

Um dia o ar se encheu de amor
E em todo o seu esplendor as vozes cantaram.
Seu canto ecoou pelos campos
Subiu as montanhas e chegou ao universo
E uma estrela brilhou mostrando o caminho
"Glória a Deus nas alturas
E paz na Terra aos homens de boa vontade"

Tanta gente se afastou
Do caminho que é de luz
Pouca gente se lembrou
Da mensagem que há na cruz
Meu Amigo, volte logo
Venha ensinar meu povo
Que o amor é importante
Vem dizer tudo de novo


"Todos estão surdos", musica de Erasmo e Roberto Carlos, composta em 1971 e interpretada de uma  forma divertida pela banda Pato Fu. Uma letra interessante e muito bem escrita.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

ZÉ RAMALHO - CHÃO DE GIZ


Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre um chão de giz
Há, meros devaneios tolos a me torturar
Fotografias recortadas em jornais de folhas, amiúde...
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes

Disparo balas de canhão
É inútil pois existe um grão-vizir
Há tantas violetas velhas sem um colibri
Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de
vênus
Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom

Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra
vez
Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar
Meus vinte anos de boy, that's over baby! Freud
explica
Não vou me sujar fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval
E isso explica por que o sexo é assunto popular.

No mais
Estou indo embora
No mais
Estou indo embora
No mais


Poesia em forma de musica.

A EVOLUÇÃO DO CORINGA NO CINEMA

A primeira aparição do coringa seria na revista Batman de 1940, criado pelo co-roteirista Bill Finger, inspirado em uma foto do ator Conrad Veidt do filme The Man Who Laughs ( O Homem que Ri) de 1928.

CONRAD VEIDT 
Ator que inspirou o roteirista do Coringa.

CESAR ROMERO
Coringa na série de TV “Batman”, nos anos 60, Cesar Romero dava um tom bastante palhaço ao Coringa criando um vilão esquizofrênico e pop.

JACK NICHOLSON
Em 1989 Batman chegou aos cinemas com Tim Burton na direção. No filme, o ator que deu vida ao Coringa foi ninguém menos do que Jack Nicholson. O personagem ganhou um ar sinistro e ao mesmo tempo engraçado.


HEATH LEDGER
Em 2008, foi a vez de Heath Ledger dar vida ao Coringa no filme “O Cavaleiro das Trevas”. Heath surpreendeu o público com um Coringa psicopata e mórbido.
JARET LETO
O Coringa, na adaptação para o cinemas de “Esquadrão Suicida“ que  vai aos cinemas em 2016, portanto temos que esperar para ver  o resultado do vilão mais importante dos quadrinhos.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

DIA DA CONCIÊNCIA NEGRA


Em 20 de novembro comemora-se no Brasil o Dia da Consciência Negra. Mas você sabe o motivo de escolha dessa data?
Foi nesse dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi dos Palmares. Este foi a liderança mais conhecida do chamado Quilombo dos Palmares, que se localizava na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas. A fama e o símbolo de resistência e força contra a escravidão mostrado pelos palmarinos fizeram com que a data da morte de Zumbi fosse escolhida pelo movimento negro brasileiro para representar o Dia da Consciência Negra. A data foi estabelecida pela Lei 12.519/2011.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

EM MANUTENÇÃO


DESCULPEM MAIS ESTE BLOG ESTÁ EM MANUTENÇÃO, PROMETO A TODOS NORMALIZAR O MAIS RÁPIDO POSSIVEL PARA PODER POSTAR NOVOS ARTIGOS E COMENTÁRIOS!

AGRADEÇO A TODOS.

TECO GARCES

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A CAIXA


ÀS VEZES DÁ VONTADE DE JOGAR TUDO PARA O ALTO.
TENTAMOS ESQUECER TODOS OS PROBLEMAS, TENTAR ACHAR UMA SOLUÇÃO PARA COISAS COMPLICADAS.
TUDO PODERIA SER BEM MAIS FACIL COMO UM ESTALAR DE DEDOS, NÃO É BEM ASSIM.
TEM HORA QUE TUDO SE DESCOMPLICA SOZINHO, ISSO É UMA COISA POUCO PROVÁVEL.
A “CAIXA”, CRIAMOS UMA “CAIXA” ONDE GUARDAMOS OS PROBLEMAS AS DIFICULDADES, UMA CAIXA QUE TENTAMOS DEIXAR DE LADO PARA TENTAR RESOLVER DEPOIS.
PODEMOS TENTAR DESPACHAR ESSA “CAIXA” PARA UM LUGAR DISTANTE, COMO SE FOSSE UMA ENCOMENDA QUALQUER ENVIADA PELO CORREIO, MAS INCRIVELMENTE SEM EXPLICAÇÃO A “CAIXA” VOLTA A APARECER.
ESTOU TENTANDO DIZER QUE POR MAIS QUE TENTAMOS NOS LIVRAR DA “CAIXA” ELA VAI ESTAR SEMPRE ALI, SEMPRE COM VOCÊ.
TODO MUNDO TEM ALGUM TIPO PROBLEMAS, DIFICULDADES, OBSTÁCULOS. E ISSO SERÁ SEMPRE O NOSSO FARDO, QUE NÃO ADIANTA TENTAR PASSAR PRA OUTRA PESSOA, É COMO EU DISSE, É “NOSSO” FARDO.
ALGUNS PREFEREM DAR OUTRO NOME, CAIXA, MALA, FARDO, NO FIM VAI SER SEMPRE A MESMA COISA.
ACABEI PERCEBENDO UMA COISA, QUE TODOS SEM EXCESSÃO TEM ALGUM TIPO DE “CAIXA”, CABE A NÓS DECIDIR QUAL SERÁ O TAMANHO DELA, CABE A NÓS TENTAR RESOLVER DE ALGUMA FORMA UM JEITO PARA QUE ESSA “CAIXA” CAIBA EM ALGUM LUGAR DA NOSSA VIDA, PARA QUE NÃO NOS FAÇA TROPEÇAR NO FUTURO.

SEI QUE TUDO SE RESOLVE, TUDO TEM UMA SOLUÇÃO, BASTA TER TEMPO E PACIÊNCIA PARA TOMARMOS QUALQUER TIPO DE ATITUDE CORRETA.

Teco Garces

terça-feira, 18 de agosto de 2015

NOSSA CASA ESTÁ EM NOSSA CABEÇA

Não importa o quanto nossa casa esteja desarrumada, o quanto é pequena e apertada.
De que adianta ela ser enorme com espaços vazios ainda a serem preenchidos. 
O importante é ser acolhedora, ser seu porto seguro, seu lugar de refugio para descansar e se sentir bem. 
Assim como nossa casa é nosso pensamento, vindo de um cérebro ligado a diversas combinações neurais. 
Nosso cérebro é um mecanismo perfeito, que nos faz tomar decisões, nem sempre acertadas, mas nos faz discernir entre o certo e errado. 
É nossa central de comandos, como se fosse uma grande impressa com vários departamentos. 
Capaz de nos fazer viajar sem sair do lugar, explorar lugares que talvez, nunca conseguiríamos da forma convencional. 
Tem o poder de armazenar todo o conhecimento que ao passar dos anos adquirimos com estudos leituras etc. 
Aprimorar esforços, condicionamentos para nosso corpo. 
Nossa massa encefálica é capaz de nos fazer gostar, odiar, sentir dor e pena. 
Também tem a capacidade de nos fazer dançar de alegria e até fazer chorar de tristeza. 
Quando comparo o cérebro com uma casa, não estou totalmente equivocado, pensem comigo, se uma casa está bagunçada, você não vai se sentir à vontade dentro dela, a mesma coisa é nosso pensamento, se tivermos preocupações, problemas, ansiedades, não vamos ter a clareza de tomarmos as decisões e atitudes acertadamente. 
Fico aqui com meus pensamentos, se nosso cérebro é como nossa casa, quem é sem teto ou mora na rua deve ter pensamentos limpos, sem nenhum tipo de problema ou preocupações. E os pensadores, escritores, cientistas, que são cheios de ideias, deve ter a casa totalmente às avessas. 
Sei que isso é um pensamento absurdo, saindo da minha cabeça, que no momento está meio que fora de ordem. 

Teco Garces

domingo, 16 de agosto de 2015

A MAIS FORTE DAS FRÁGEIS

Quem quer ser salva por um cavaleiro 
com sua armadura reluzente?
Ser beijada por um príncipe para acordar
de um sono profundo?
Ter um sapato de cristal testado para ver 
se é o outro par perdido na noite que saiu as 
pressas de um baile?
Alguma donzela indefesa? Alguma doce 
jovem aprisionada em sua torre?
Não. Nada disso é possivel, aquele 
senso de justiça, atos heróicos não é tão 
valorizado neste tempo atual.
Aquela pequena e delicada forma
 feminina, ganhou força e sabe se 
defender sozinha.
Em algumas situações se sobressaem ao homem.
Aquela história dos homens das cavernas 
brutos, que conquistava as fêmeas com 
violência ficou anos luz para trás.
Quase esquecemos o romantismo. 
Mesmo com algumas mulheres não 
ligando para isso.
Ainda existe aquela que gosta de ser 
conquistada com pequenos gestos, um
sorriso, um poema.
Uma flor é capaz de dobrar aquele coração
duro e desiludido.
Nao importa o quanto ela seja, forte, 
frágil, independente, uma mulher 
gosta de ser elogiada, ser notada, 
não como um objeto, um corpo, mas sim
como uma pessoa com sentimentos, 
pela sua inteligência, pelo que ela tem a mostrar.
Hoje a heroina é a mais forte e a mais frágil mulher.


Teco Garces

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

LINHAS

Linhas da palma da mão, inexplicavelmente lidas

por uma cigana.
Linhas de pipas no céu, uma diversão simplória, segura apenas por um fio no carretel. 
Linhas de trens, daquela Maria Fumaça barulhenta que nos leva a vários lugares. 
Linha de produção, pessoas trabalhando como 
robôs, fazendo o mesmo entediante movimento diariamente.
A linha do Equador, uma linha imaginária no 
planeta dividindo hemisférios. 
Linhas de expressão, criadas por pensamentos preocupados: 
por alguém, por algum filho, 
pelo trabalho, pelas preocupações. 
Linha do tempo, que conta toda a história de 
uma vida, desde o primeiro batimento do coração,
do nascimento, da primeira troca de olhares 
entre mãe e filho, dos primeiros passos 
desajeitados, da fase escolar, do primeiro amor, 
das primeiras decepções, das tristezas, das alegrias, das derrotas e das vitórias. 
Nosso destino sempre traçado em uma linha reta, mas essa linha insiste em cruzar outras linhas, entrelaçando amores, amizades... 
Principalmente amizades.
Mesmo estando emboladas, sempre haverá 
um meio de deixá-la seguir seu curso certo.
A linha da vida, que não tem fim, mesmo depois 
da partida.

Essa é a linha da vida.

Teco Garces

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A MAGICA DA CHUVA


CHUVA

Quando o céu escurece em pleno dia
O tempo começa a fechar
Nuvens enormes colidindo nas alturas
Você sente aquele vento frio
Aquela brisa suave no seu rosto
Você sente cair pequenos pingos gelados
Pequenas formas de feita de agua
Começando devagar e aos poucos aumentando o volume
Você pensa em correr, mas ao invés disso
se deixa levar por essa sensação fria
Deixa os pingos caírem no seu rosto, em seu corpo
Você começa a sorrir, começa a gostar
Começa a brincar com essa situação
Vem aquele impulso de correr e pular nas poças,
formada pela agua caída do céu
Aquele sentimento de liberdade, você se sente livre, sem culpa
Correndo sorrindo como se fosse uma criança inocente
Por algum momento todos os problemas ficam para trás
Aquela agua escorrendo pelo seu corpo,
parece lavar toda a tristeza, todas as magoas
Uma fuga, um escape do stress nem que por um momento...
Esse fenômeno da natureza,
consegue reações diferente em todos
Mais você usando sua imaginação e criatividade, consegue fazer esse “fenômeno” ficar
mais alegre e divertido.
Uma coisa que a natureza não te cobra
nem avisa quando quer chegar
Mais você pode fazer disso
uma coisa diferente...
uma coisa chamada
chuva...

Teco Garces

Não sou poeta nem escritor, apenas tento passar de
um jeito simples uma coisa comum.

MAFALDA



ALFRED HITCHCOCK : 13 HISTÓRIAS QUE ATÉ A MIM ASSUSTARAM


Alfred Hitchcock Apresenta é uma coleção de livros que foram publicados entre os anos sessenta e oitenta no Brasil, o formato apresentava edições temáticas que traziam contos escolhidos pelo cineasta variando entre suspense policial, horror e até ficção-científica. A marca dessa série são os títulos chamativos como, por exemplo, Histórias de Além-Túmulo, Histórias para Ler no Cemitério, Histórias para ler com a Porta Trancada, Histórias de Arrepiar e Histórias Macabras. Como toda coletânea escrita por vários autores a qualidade das histórias varia, alguns são bons, outros ótimos, há aqueles cheios de clichês e ainda os que têm finais surpreendentes. A verdade é que alguns contos são raridades, histórias únicas e interessantes de autores famosos, mas desconhecidos ou com poucas obras traduzidas por aqui, como John Wyndham, Robert Bloch, William Hope Hodgson e M. R. James. 13 Histórias Que Até a Mim Assustaram me surpreendeu pela qualidade das histórias e sua variação temática, desde suspense psicológico até flertes descarados com ficção-científica. Assustar é uma palavra muito forte para qualificar a maioria dos contos, mas sem sombra de dúvidas você será surpreendido e até se sentirá chocado com alguns deles. 

   Uma Morte em Família de Miriam Allen deFord se esgueira pelas misteriosas e doentias linhas policiais, escrito na década de sessenta e influenciado pelos atos de Ed Gein, a história é um retrato do monstro que se esconde por trás da fachada de bom moço dos psicopatas. O protagonista, um agente funerário, imerso em sua completa solidão encontra companhia com seus estimados cadáveres. Uma relação que ultrapassa os limites da perversão e do macabro.  

   Os Homens sem Ossos de Gerald Kersh flerta rapidamente com ficção-científica servindo-se do suspense como base. Dois exploradores seguem em uma viagem às inexploradas regiões amazônicas, com o intuito de descobrir os segredos que envolvem uma área evitada pelos índios locais, a alegação é de que o lugar é amaldiçoado por antigos  espíritos malignos. Munidos da luz da ciência eles atravessam a escuridão do misticismo e adentram a floresta sombria.  O segredo mortal que se descortina diante de seus olhos é assustador. 


   A Batalha das Ruas de Fritz Leiber é um dos menores e menos expressivos contos do livro, em um futuro distópico as ruas são palcos de guerras sangrentas. De um lado temos os pedestres e suas calçadas e do outro os motoristas e suas estradas. Perseguições sangrentas, assassinatos violentos, vale qualquer coisa para manter o poder nas ruas. 


   As Duas Solteironas de E. Phillips Oppenheim é um sopro gelado na base da espinha, um horror psicológico que envolve o leitor como uma neblina pesada, diminuindo o campo de visão e criando grotescas imagens nos limites da mente. O protagonista percorre ruas rurais durante uma forte tempestade noturna, perdido e sonolento ele busca vestígios de habitações humanas, mas não consegue encontrar uma viva alma em quilômetros. Quando já estava desistindo avista uma elegante casa, como uma flor no deserto de solidão. É recebido por duas mulheres estranhas, completamente caladas elas apenas o encaram enquanto ele se alimenta. Suas tentativas de puxar conversa são rechaçadas com monossílabos. A noite será longa e cheia de surpresas sangrentas. 


   A Faca de Robert Arthur é uma estocada profunda no peito, a lâmina beija o coração e faz cócegas em uma costela antes de sair. Antes que possa gritar estará acabado e você será mais uma vítima da faca amaldiçoada. 


  A Estrada para Mictlantecutli de Adobe James é quase uma parábola embalada com sussurros de horror, perdido em uma estrada solitária à noite o protagonista se depara com duas estranhas figuras, um padre com modos bruscos e uma sensual donzela montada em um cavalo negro. Um deles diz ser sua salvação e o outro sua danação. Qual escolha faria?


   O Estuário de Margareth St. Clair é aquele tipo de história inocente que começa sem grandes expectativas, consegue se fazer interessante e acaba surpreendendo o leitor nas páginas finais. O protagonista é especializado em "garimpar" velhos navios de guerra em busca de qualquer coisa que possa vender. O problema é que além de uma atividade ilícita que só pode ser realizada à noite, dizem as más línguas que aqueles navios são assombrados, homens morreram em meio a gritos de dor e socorro e ficaram aprisionados pelas paredes de ferro. Mas é lógico que são apenas histórias não é?


   Cidade Difícil de William Sambrot é um daqueles contos que dissecam o cadáver ambulante das pequenas cidades americanas, a história passa-se durante a paranoia da Guerra Fria e o protagonista um vendedor sem nenhum tostão no bolso começa a sentir que é alvo dos olhares públicos, um pequeno incidente fará com que seja perseguido pela cidade inteira. Mas será que tudo é o que parece?


   O Ente Sobrenatural de T.H.White é uma mistura de horror e fantasia em uma narrativa onírica e pegajosa como a teia de uma aranha. O narrador conta uma história sobrenatural que aconteceu com seu pai durante uma de suas férias, acordado a noite por barulhos estranhos vindo do quarto vizinho ele descobre que o hóspede do lado é uma horrenda criatura que está devorando sua própria esposa. Ele volta a dormir e depois as lembranças da cena não passam de fragmentos de um pesadelo. Mas de manhã quando tem a noticia de que o a mulher do hóspede ao lado desapareceu, o horror explode como um vulcão seu coração. Apenas ele sabe a verdade que cerca aquele estranho hóspede. E a criatura sabe que ele sabe. 


   A Noite da Vingança de Robert Somerllot é uma daquelas histórias de suspense cujo final explode sua cabeça. Um antigo oficial nazista teme que seu refúgio esteja comprometido, devido as constantes e estranhas ameaças que vem recebendo nos últimos meses, buscando a ajuda de um recente amigo ele prepara-se para a noite do ataque, apesar da idade quer cair lutando. O medo cresce com a cortina de escuridão e ilusão que permeia aqueles momentos sufocantes, será possível fugir dos antigos pecados?


   O Fantasma do Enforcado de William Wood é o casamento perfeito entre o arrepio de uma história de horror com a tensão sufocante de um bom suspense. Um casal constrói a casa dos sonhos em um terreno bucólico comprado a um preço tão baixo que nem acreditaram na sua sorte. Mas desde a construção coisas estranhas aconteciam, dava para sentir que havia alguma coisa naquele local que resistia a ocupação. O casal intrigado indaga os vizinhos sobre a história do terreno e o que ouvem é uma história digna de um filme de terror. É lógico que eles não acreditam em nada. É inevitável. Quando mudarem de opinião será tarde demais para fugir. 


   Jornada para a Morte de Donald E. Westlake é um conto sufocante e claustrofóbico que é como o arranhar de unhas em quadro negro, a leitura torna-se difícil pelo nível angustiante do desespero dos personagens. Após um naufrágio dois homens se veem presos no fundo do mar em uma cabine hermeticamente fechada dentro do navio. Sozinhos e enclausurados no escuro terão que lidar com o medo, a fome e a sede. Quanto tempo a sanidade de um homem consegue se manter intacta nessas condições?


A Ameaça do Fundo do Mar de John Wyndham é a novela que fecha a coleção ocupando mais da metade do livro. Ficção científica pura! Relatos de estranhos avistamentos de esferas brilhantes começam a chover ao redor dos quatro cantos do mundo, a única coisa que as diferencia dos cometas são suas trajetórias confluentes em determinadas posições do oceano. Por um tempo isso acaba e o acontecimento é esquecido por todos, até os ataques nas praias começarem. Algo chegou naquelas esferas, algo que deseja fazer uma limpeza no nosso planeta e prepará-lo para novos inquilinos. A guerra definitiva pela sobrevivência da humanidade está apenas começando.


Para quem gosta de ficção e terror é uma boa dica.

Quem quiser ler online:
http://pt.slideshare.net/talleslisboa/13-histrias-que-at-a-mim-assustaram-alfred-Hitchcock

fonte:
http://www.bibliotecadoterror.com.br/2015/04/alfred-hitchcook-apresenta-13-historias.html



domingo, 19 de julho de 2015

CREEP - RADIOHEAD



CREEP (VERME)


When you were here before
Couldn't look you in the eyes
You're just like an angel
Your skin makes me cry

You float like a feather
In a beautiful world
I wish I was special
You're so fucking special
But I'm a creep, I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here

I don't care if it hurts
I wanna have control
I wanna a perfect body
I wanna a perfect soul

I want you to notice
When I'm not around
You're so fucking special
I wish I was special
But I'm a creep,
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here

She's running out the door
She's running out
She run, run, run, run
Run

Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so fucking special
I wish I was special

I'm a creep, I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here
I don't belong here

FOR A GREAT AND SPECIAL FLAT PERSON I KNOW


terça-feira, 14 de julho de 2015

ENGRENAGENS IMPERFEITAS


ENGRENAGENS IMPERFEITAS


Queria ter a capacidade de sentir raiva, alegria, medo, dor...

Imperfeição...

Queria ser mesquinho, ser mesquinho

Imperfeição...

Queria poder sentir inveja das coisas que não posso ter.

Imperfeição...

Queria poder sentir amor, afeto.

Imperfeição...

Poder se sentir desejado, sem interesse algum, apenas pelo que eu sou.

Imperfeição...

Poder correr na chuva, sentir seus pingos gelados em meu corpo.

Imperfeição...

Poder sentir o vento, uma simples brisa pairando
no ar.

Imperfeição...

Sentir o calor, a claridade de um nascer e um pôr do Sol.

Imperfeição...

Consigo definir e catalogar todos os nomes dos alimentos, mas não consigo sentir o gosto doce ou amargo.

Imperfeição...

Sentir o cheiro das coisas, a textura, o aroma. 

Imperfeição...

Queria poder ter a capacidade de definir entre o certo e o errado.

Imperfeição...

Sou capaz fazer qualquer cálculo em milésimos 
de segundos. 
Posso suportar qualquer temperatura. 
Frio, calor para mim não tem diferença. 
Posso fazer qualquer coisa sem precisar parar descansar.
Ergo, toneladas, pesos diversas vezes mais que o meu.

Apenas sigo minha programação.

Sou um ser sem consciência, uma máquina, não sei o propósito para que fui construído.
Dentro do meu interior só existe peças cabos interligados a circuitos, uma engrenagem perfeita...

Feita pelo ser mais imperfeito...


O homem.


Teco Garces

sexta-feira, 3 de julho de 2015

SELVA DE CONCRETO




Selva de concreto

Tumulto, correria, todos se esbarram, mas ninguém se conhece.
Pessoas indo e vindo, sem parar. 
Ritmos frenéticos, ritmos sincronizados, todos os dias, a todo momento. 
Preso em seu tempo, presos em suas rotinas diárias. 
Concreto, motores, fumaças. Movidos apenas pela certeza de que no final da sua jornada, venha a tão suada recompensa. 
Descobri que os animais aprisionados num zoológico, não estão presos, mas sim protegidos dos animais soltos do lado de fora, dos homens que vivem suas loucas rotinas, dos homens que tiram a vida de outros sem o menor sentido. 
Mesquinhos maus, egoístas, de toda a espécie, 
diferentes tipos de espécie e ao mesmo tempo iguais em todos os sentidos. 
Uma selva, uma selva de concreto dividida em escalas de poder,
em escalas de ignorância. 
Quanto mais se tem, mais querem tirar dos outros. 
Selva de insanidade. 
Quem é o verdadeiro animal agora? 
Invejo os animais presos, animais irracionais. 
Somos escravos disso, escravos de nós mesmos. 
Quem pode mais? 
Quem manipula mais? 
Quem com suas mentiras consegue arrastar mais fiéis? 
Mera mentira quando se tem algum momento de lazer, algum momento de lucidez. 
Assim caminha a humanidade.
Caminhando sem sentido, causando tumulto, causando correria. 
Na sua ânsia de cumprir seu papel nesta loucura, acaba se esbarrando em seu suposto semelhante, sem ao menos conhecer sua história, sabendo que ele é mais um escravo neste sistema, escravo em sua própria rotina.

Teco Garces