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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

MARCO ZERO


O marco zero de uma cidade representa o seu centro geográfico, a partir do qual todas as medições de distância relativas a ela são estabelecidas. Quando se ouve falar que Sorocaba fica a 84 km de São Paulo ou que Embu Guaçu situa-se a 36,30 km da Capital, o ponto referencial é o tão conhecido Marco Zero, localizado na Praça da Sé, no centro de São Paulo. Além disso, frequentemente, essa referência marca o local onde a cidade teve origem.
O Marco Zero que encontramos hoje na Praça da Sé é o quarto de uma série de tentativas de fixar uma centralidade material na cidade, com a função de marcar o início da numeração das vias públicas e rodovias estaduais, como referência para a medição das linhas ferroviárias, aéreas e telefônicas.
O primeiro marco ficava em frente à primeira igreja da Sé, na altura da atual Rua Venceslau Brás. O segundo não era um monumento específico, mas a torre da segunda igreja. Posteriormente, foi criado um monumento ao lado da mesma matriz, retirando da igreja a função de demarcar a centralidade urbana. No começo do século XX, a igreja da Sé foi demolida, bem como vários imóveis no seu entorno, para dar lugar à nova Catedral e à grande praça à sua frente.


São Paulo deixou de ter um marco zero, mas a quilometragem das estradas era determinada por vários pontos espalhados pela cidade. A estrada São Paulo - Rio, por exemplo, tinha por referência um marco localizado na Penha e a estrada São Paulo - Minas, um marco em Perdizes. O jornalista Américo R. Netto, membro da Associação Paulista de Boas Estradas, preocupado com a ausência de centralidade, lançou a proposta de se retomar a idéia de um marco zero para a cidade em 1921. Recorreu ao artista francês Jean Gabriel Villin para os desenhos e concepção da obra. A idéia de Américo Netto, contudo, somente encontrou respaldo em 1932, quando o projeto foi aprovado pelo Prefeito Antônio Carlos Assumpção.


O marco, em forma de um prisma hexagonal revestido de mármore, foi instalado em frente à Catedral em 1934. Uma placa de bronze exibe um mapa das estradas que partem de São Paulo com destino a outros estados. Em cada face do marco, figuras inscritas representam o Paraná por uma araucária; o Mato Grosso pela vestimenta dos Bandeirantes; Santos por um navio, de cujo porto saía o café, maior riqueza do país no período; do Rio de Janeiro recorda-se o Pão de Açúcar e suas bananeiras; Minas Gerais por materiais de mineração profunda, enquanto Goiás é lembrado por uma bateia, material de mineração de superfície.

Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/patrimonio_historico




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