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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A CRÔNICA DE UM VILÃO


O anti-herói, que passa o tempo maquinando uma forma ou um plano para acabar com isso ou aquilo, uma figura oposta do herói.
Como num clássico de cinema, onde o vilão sequestra a donzela e a amarra aos trilhos de trem, talvez ele não tenha a intenção de mata-la, mais sim poder mostrar ao herói salvador seu poder maléfico.
Sempre se aproveitando do desespero da adorável mocinha, ele faz seu discurso, de como vai acabar lentamente com sua vitima, torturando sua alma, se alimentando do drama de sua pequena vitima.
Quando a imponente figura do herói surge para o resgate, o vilão não se abate, pelo contrário ele percebe a fragilidade do herói, e começa a descrever em pequenos detalhes como planejou tudo desde o começo. Usando todo seu poder psicológico para deixar o mocinho confuso e impotente.
Talvez o malfeitor não seja forte, nem musculoso, mais ele possui algo que o herói não tenha, a inteligência.
Uma mente capaz de calcular e estudar todos os pontos fortes e fracos de seu inimigo, de arquitetar seus planos com intenções maléficas.
Mesmo que no final das contas nada de certo e ele acabe sendo derrotado e a mocinha salva, ele sabe que, é capaz de sobressair ao herói, talvez ele saiba que é superior a ele.
Então agora sabemos que o mais importante da história não vai ser o herói salvando a mocinha no último momento, mais sim o vilão genial com uma mente brilhante.
O conceito entre o bem e o mal pode se dizer que é na verdade um complemento, um não pode existir se não tiver o outro.
Ainda sendo forte e poderoso, um herói com sua bravura não vai ter muito sentido se não existir a forma maligna e maquiavélica de um “bom” vilão. 

                                                              Teco Garces