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Imagem by Maori Sakai |
Como é perder uma coisa que não se tem?
É como se fosse uma caça ao tesouro ao contrário.
É sofrer um revés antes mesmo da luta.
Seria uma forma de enterrar esse tesouro de uma maneira que nem mesmo você poderia achar.
É uma forma de perder aquele bem precioso de um jeito proposital.
Não dar o devido valor ao que é mais difícil de possuir.
É como tentar prender a areia entre os dedos.
Parece que fazemos de tudo para não encontrar a saída, de não encontrar o caminho para a felicidade, se é que ela exista.
Somos cegos, mas com visão, podemos ver algo na nossa frente, ignoramos inconscientemente de propósito.
Não damos chance para que aquela luz brilhe.
Precisamos do Sol, mas mantemos sempre a janela fechada.
A oportunidade passa na nossa frente como um trem... Mas não temos o bilhete de entrada.
Ou será que deixamos de encontrá-lo por querer?
Todo ser humano é de uma forma egoísta consigo mesmo.
Felicidade pode ser compartilhada?
Podemos dividir as alegrias e tristezas da vida?
Podemos compartilhar o tempo?
Risos, choros, raiva, compreensão, cumplicidade não são frações matemáticas ou equações exatas... São sentimentos! Sentimentos confusos que nosso cérebro insiste em dividir e multiplicar em todo nosso corpo.
Um indivíduo nasce sozinho, mas com o tempo vai crescendo definindo seus sentimentos.
O corpo humano é com certeza a máquina mais maravilhosa que existe.
Amor: uma definição de sentimento inexplicável.
Amor: qual seria a engrenagem nessa máquina?
O egoísmo é a ferrugem que não deixa as conexões entre as máquinas humanas se juntarem.
Ele é capaz de se espalhar entre as pessoas e travar toda uma vida.
Na busca desse tesouro invertido precisamos de ajuda.
Não para mostrar ou indicar o caminho desse mapa, mas sim mostrar que é possível compartilhar desse tesouro.
Nunca será tarde para trilhar nossa busca.
O Santo Graal pode estar bem ao nosso alcance.
Basta saber se mesmo com tanta adversidade a jornada vai valer à pena.
Teco Garces